sábado, 21 de agosto de 2010

A despedida das bolinhas coloridas

Saimos de casa. Já era um pouco tarde - ou cedo para quem entender assim. Uma hora da manhã marcavam os relógios da casa e os dos pulsos. Entramos todos dentro de uma máquina negra, que possuia quatro portas de acesso. Fui na frente, junto com a bola negra, que controlava a máquina. A bolinha azul e a bola roxa estavam por trás de nós, sentados num banco único e extenso, que acho que caberia mais alguém.

A noite estava fria, mesmo assim seguimos em frente. De início estavamos em uma rua cinza, com árvores simples em frente à maioria das casas. Havia também uma pracinha e logo após ela entramos em uma nova rua.

O sereno caia, e enchia o vidro da máquina com milhares de gotículas que não afetavam nossa visão, mas quando passavamos abaixo dos postes, as gotículas refletiam as luzes e cegavam nossos olhos. E assim seguimos em frente, cegando a cada poste que passavamos abaixo.

Entramos em uma rua que chamou minha atenção. De início era escura, mas lá no final, um corredor de postes seguia extenso e suas luzes chegavam no chão como uma névoa de ouro. Era uma grande rua reta e a bola negra fez a máquina rosnar mais alto. A chuva aumentara, agora embassava a nossa visão. Mas a máquina possuia braços mecânicos que secavam o vidro com suas pontas de rôdo, logo depois a chuva preenchia o vidro novamente.

A máquina corria rápida, e fez com que as gotículas serpenteassem no vidro. Isso tomou minha atenção por algumas centenas de segundos.

Enfim chegamos no nosso destino. A bola negra fez com que a máquina parasse, e eu, a bolinha azul e a bola roxa descemos.

Fui deixá-los num lugar onde deveriam esperar uma outra máquina. Uma maior. Uma com asas.

Abracei a bola roxa com carinho.

- Te amo. Vai dar tudo certo. Cuide dessa coisinha aqui - e olhei para a bolinha azul abaxo de nós.

Segurei ele nos braços e o apertei num abraço. Não biologicamente, mas aquela coisinha azul em meus braços também era meu 'filho'.

- Titio vai sentir saudades. Vai com Deus - e o apertei com mais força.

Quando coloquei ele no chão, acenei um tchau e virei-me rapidamente. Já sentia saudades daqueles dois, que já deixavam bucaros em meu coração. Segui em frente sem olhar para trás. Não queria chorar mais.

A última coisa que vi antes de entrar de volta na máquina negra foi a outra máquina maior, a que eles estavam dentro.

Ela bateu suas asas e voou. Voou para muito longe.

- Tchau - disse.
Não queria dizer Adeus.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O grande problema

Quando pequeno, sempre via o 'mundo' feliz, além do mais, a única coisa que eu fazia era brincar, e isso é uma coisa que proporciona bastante alegria para quem quer que seja - e em qualquer idade. Logicamente, o que mais uma criança queria fazer da vida fora brincar?

Então eu não sabia que o mundo tinha problemas. Achava que enquanto eu me senti-se bem, todo o resto se sentiria da mesma forma. Não pensava em problemas, acho que na verdade nem conhecia o significado dessa palavra. Até que fui crescendo, e crescendo, e cheguei em minha adolescência, e uma coisa que me marcou muito foi ver, todos os dias, meu pai, sentando na sua poltrona, assistindo os jornais que passavam na tv.

Ele sempre estava lá, todas as noites, parecendo uma estátua frente aquele objeto quadrado, que pra mim ainda não tinha nada de interessante.

Num dia, como em outro qualquer, estava na escola, e minha professora estava dizendo que tinhamos que aprender a dividir as coisas. Ela disse que se todos aprendêssemos isso, poderíamos ensinar para os nossos pais e familiares, e disse que aquilo ajudaria o mundo. Eu não entendia como dividir minhas coisas com os outros ajudaria o mundo. Pensava eu que todo mundo tinha suas coisas, e que não faltava nada pra ninguém.

O tempo passava e meu pai continuava a assistir aqueles tais jornais. Ele sempre dizia que o mundo estava cheio de problemas, e que não tinhamos como resolvê-los. Conversava sempre com minha mãe depois que acabava os programas - ela também os assistia.

(...)

Passaram-se anos e hoje estou mais velho , também assisto jornais como meu pai assistia, e também converso com a minha mulher sobre eles. Conheço também os problemas que meu pai falava, e que por algum motivo, sempre se repetem, e creio que sempre vão se repetir, por que se trata de uma única coisa, uma coisa que emgloba todos os problemas, os grandes, pequenos e médios.

Depois de tudo que eu já vivenciei na minha razoável existência, vi que boa parte dos problemas do mundo se resumem em um só.

O grande problema.

Digo-lhes hoje que esse problema se chama egoísmo. E que a solução deste não é tão complicada de se encontrar. Aprendi quando ainda era adolescente, quando ainda estava na escola.


Repetindo as palavras que minha professora disse inúmeras vezes:
- Assim que vocês (entendo hoje que ela falava também dos adultos) aprenderem a dividir as coisas, estarão tornando o mundo melhor.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Imagem do dia

Achei a imagem bastante engraçada (não sei se vocês vão gostar ^^)

Mas está ai.

A imagem foi tirada do meu blog favorito > www.mdig.com.br .

O propósito

Pessoas de todos os tipos e todos os sons.
O mundo está, evidentemente, cheio delas.
Más, boas, indiferentes...
Pessoas que andam pra lá, pra cá, norte, sul, leste...

Existem até aquelas pessoas que andam sem sentido, como se qualquer caminho fosse dar no mesmo lugar (lugar nenhum).

A também aquelas pessoas que seguem as outras, independente do caminho tomado, e esse grupo é o maior deles. E definitivamente é o grupo que eu menos entendo.

(...)

Não me sinto bem por saber que existam pessoas que desistiram de construir sua estrada, ou que renunciaram a caminhada. Vejo que são as histórias mais tristes. Mas não entendo por que elas querem parar de caminhar se a 'coisa' está ruim, sei que às vezes o destino realmente não nos deixa ter a felicidade necessária para viver, mas talvez seja por que estamos nos caminhos incorretos, ou com intenções diferentes de ter a felicidade. A todos, digo para não desistirem nunca, possa ser que no futuro, algo de bom esteja reservado para nós.

Há também aqueles que andaram muito, andaram demais, e pelos caminhos 'errados', acabaram perdidos, e agora não sabem o que fazer para encontrar o caminho de volta.

(...)

Mas o bom de tudo isso é saber que, no meio de todas essas pessoas e grupos, existem alguns que conseguem encontrar e construir o caminho da felicidade. Uma coleção de pessoas que conseguem fazer uma outra coleção de bons momentos, e que conseguem desfrutar ao máximo os acontecimentos que a vida os oferece. E não por que foi a vida que os ofereceu dessa forma, e sim por que foi isso que eles decidiram procurar no seu caminho, na sua caminhada.

Então, o mais importante de toda essa coisa é saber que a felicidade existe, e que se procurarmos pelos caminhos certos ou construirmos os caminhos com esse propósito, iremos encontrá-la. E veremos que a vida há de ser boa, e que ser feliz não é um privilégio de poucos, e sim uma recompensa dos que realmente moveram sua vida com o intuito da felicidade.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

( ... )

. Quando a distância e o tempo entram em cena tudo fica meio chato .
. Mas como somos humanos, conseguimos nos distrair (como você mesma disse) .
. Mas realmente não adianta tanto, tudo ataca agente com uma facilidade tão grande .
. Música pra mim não é distração, qualquer acorde me lembra você .
Mas vamos nos ver agora, e vou tratar de suas dúvidas, pra que elas não fiquem te .
. atormentando .


. Sinto tanta saudade da gente, fazendo qualquer coisa, até mesmo brigando .

. Vamos aproveitar nosso tempinho como nunca .
. Matar um pouco a saudade que nos mata .
. Espero que você não venha conversar besteira .
. Tudo está bem, não sei por que você insiste em complicar .

. Tudo vai dar certo .
. Vamos ficar bem! .



Eu te amo!



terça-feira, 10 de agosto de 2010

( ... )

Nada pior do que ter o tempo como seu inimigo. Ele lhe maltrata sem dó nem pena, sem ao menos querer saber oque está acontecendo. E o pior de tudo é que não podemos fazer nada a não ser aguentar as horas passarem ( de uma forma mais certa, se arrastarem! ). Lutar é perca de tempo, mas dependendo do que esteja acontecendo, a 'coisa' pode lhe fazer algum bem.



Minha 'coisa' hoje e de um longo tempo daqui pra frente é saudade.
Saudade de uma pessoa que está fisicamente longe.
Mais mentalmente aqui, comigo, o tempo inteiro, onde quer que eu vá!

Sinto sua falta!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Uma pontada de 'pessoalidade'...

Realmente vejo que as coisas estão 'sob controle'. E que tudo está bem(ótimo!). Mas sempre o outro lado procura prever as coisas, ou até mesmo encontrar soluções 'não-apropriadas' para o que ainda irá acontecer.

Por que simplismente não podemos ter as mesmas soluções?(as minhas preferencialmente), e acho que isso ajudaria bastante se levarmos em conta que a união faz a força, independente de qual for a situação.

E isso parece ainda me afetar, mesmo que esteja quase tolerante a esse 'DROGA', ainda me sinto desconfortável em consumi-la de forma involuntária. Mais o tempo é uma arma muito forte contra isso tudo, mesmo mostrando toda essa sua resistência, espero que enquanto os ponteiros rodem e rodem isso pare de uma vez por todas e assim, o raciocínio será o mesmo.


Mesmo que pareça egoísta querer que seja 'igual', não me importo, por sei que é por uma coisa boa! E o outro lado também sabe!

:)~